Em média, os brasileiros vivem “no limite” do equilíbrio financeiro. Afirmação é da pesquisa índice de saúde financeira do brasileiro (I-SFB), que foi feita pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e envolveu um número acima de 5 mil pessoas.
Em uma escala que vai de zero a 100 pontos, os brasileiros ficaram com a média em 57, considerada como as pessoas que têm uma saúde financeira “ok”, que no limite dos gastos está equilibrado, com um espaço pequeno para erro.
A classificação contém sete faixas, que vão de “ruim” a “ótima”. Conforme a pesquisa, tem mais brasileiros nas faixas de saúde “baixa”, “muito baixa” e “ruim” (48,3%) do que nas faixas “boa”, “muito boa” e “ótima” (41,6%). Os outros 10,1% se encontram na faixa “ok”.
7 comportamentos que a pesquisa indentificou
O levantamento demonstrou que, de forma geral, a população:
- Vive em um limite justo entre renda e gastos;
- Muito raro ter uma sobra de dinheiro no fim do mês;
- Vive estressada por conta dos compromissos financeiros;
- Não se acha capaz de reconhecer um bom investimento;
- Não consegue se dar conta quando precisa de orientação;
- Sente que não está garantido o seu futuro financeiro;
- Admite que outro jeito de lidar com o dinheiro iria dar a permissão de aproveitar melhor a vida.
Conforme a Febraban, o padrão das respostas revela perfil de pessoas que estão lutando por uma vida financeira mais estruturada para que se chegue no fim do mês com as contas no azul e se consega efetuar a difícil tarefa de ter uma reserva para emergências.
Para a entidade, os resultados destacam três fatos importantes: a necessidade das pessoas procurarem mais informações sobre finanças, muitas incertezas quanto à maneira de lidarem com dinheiro e a insegurança em relação ao futuro.
Outros dados da pesquisa
Além das sete características financeiras mais comuns entre os brasileiros, a pesquisa apontou outros fatores que mostram como nós lidamos com dinheiro.
- Orçamento apertado: 69,4% empatam ou gastam acima do que ganham;
- Sempre alerta: 65,7% pensam muito antes de gastar dinheiro;
- Pouca reserva: 21,9% dariam conta de uma despesa inesperada grande;
- Finanças são motivos de estresse: 58,4% afirmam que de algum jeito isso reflete na vida familiar;
- Finanças também pesam: para 53,5%, os diversos compromissos financeiros diminuíram o padrão de vida;
- Falta de conhecimento: 34,1% se sentem capazes de reconhecer um bom investimento;
- Falta percepção: somente 37,9% conseguem perceber que necessitam buscar orientação;
- Insegurança: 64,7% não têm segurança sobre o seu futuro financeiro;
- O comportamento pode melhorar: 6 em cada 10 consideram que a forma como cuidam de suas finanças não os permite aproveitar a vida.
Sobre o índice
O I-SFB/Febraban é um indicador que dá a permissão de efetuar o diagnóstico das finanças de cada usuário e comparar os resultados com a média brasileira. Mais de 70 especialistas das áreas acadêmica e financeira estavam envolvidos na criação e adaptação da ferramenta à realidade brasileira.
Para acessá-lo e realizar a sua análise pessoal, é só clicar aqui. O questionário é composto por 18 perguntas, sendo 15 obrigatórias.
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